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domingo, 3 de outubro de 2010

Eleições 2010: confira como terminou o primeiro turno em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal

Eleições 2010: confira como terminou o primeiro turno em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal
Extra Online



SÃO PAULO: O cargo de governador foi decidido no primeiro turno. O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) foi eleito. O segundo mais votado foi Aloizio Mercadente (PT). As duas cadeiras no Senado serão ocupadas por Aloysio Nunes (PSDB) e Marta Suplicy (PT).

MINAS GERAIS: O candidato Antonio Anastasia (PSDB) também foi eleito governador no primeiro turno. Em segundo lugar ficou Helio Costa (PMDB). Para o Senado, o ex-governador Aécio Neves (PSDB) foi o mais votado. O ex-presidente da República, Itamar Franco (PPS), também foi eleito senador.

DISTRITO FEDERAL: Na capital brasileira vai haver segundo turno para governador. Agnelo Queiroz (PT), que recebeu 48,41% dos votos, e Weslian Roriz (PSC), com 31,5%, disputam. Já os mais votados para o Senado foram Cristovam Buarque (PDT) e Rollemberg (PSB), com 37,27% e 33,03% dos votos, respectivamente.

RIO GRANDE DO SUL: A eleição para o governo gaúcho também foi decidida no primeiro turno. Com 54,35% dos votos, Tarso Genro (PT) deixou para trás Fogaça (PMDB), com 24,74%, e a atual governadora, Yeda Crusius (PSDB), com 18,4%. Para o Senado, Paim (PT) foi o mais votado, com 33,83% dos votos, seguido por Ana Amélia Lemos (PP), com 29,54%.

SANTA CATARINA: O candidato do DEM, Raimundo Colombo, acabou eleito governador no primeiro turno, com 52,72% dos votos. Angela Amin (PP) ficou em segundo lugar, com 24,91%. As duas vagas para o Senado em Santa Catarina foram preenchidas por Luiz Henrique da Silveira (PMDB), com 28,44% dos votos, e Paulo Bauer (PSDB), com 25,32%.

PARANÁ: Beto Richa (PSDB) foi eleito governador ainda no primeiro turno, com 52,44% dos votos, contra os 45,63% de Osmar Dias (PDT), que ficou em segundo. Para o Senado foram eleitos Gleisi Hoffmann (PT), com 29,50%, e Roberto Requião (PMDB), com 24,84%.

RIO DE JANEIRO: Sérgio Cabral foi reeleito no primeiro turno. O atual governador recebeu 66,08% dos votos. Fernando Gabeira (PV) foi o segundo mais votado, com 20,68%. As vagas para o Senado no Rio serão ocupadas por Lindberg Farias (PT), com 28,65%, e Marcelo Crivella (PRB), que foi reeleito com 22,66%

ESPÍRITO SANTO: Renato Casagrande (PSB) foi eleito governador no primeiro turno, com 82,3% dos votos válidos. Em segundo lugar, Luiz Paulo (PSDB) teve apenas 15,5%. Ricardo Ferraço (PMDB), com 44,55%, e Magno Malta (PR), com 36,76%, foram eleitos senadores.

BAHIA: O atual governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi reeleito. O segundo candidato mais votado foi Paulo Souto (DEM). Walter Pinheiro (PT) e Lídice (PSB) vão representar os baianos no Senado.

SERGIPE: O candidato Marcelo Déda (PT) foi reeleito governador, com 52,08% dos votos. O segundo colocado, João Alves (DEM), recebeu 45,19% dos votos. Eduardo Amorim (PSC), com 33,65%, e Valadares (PSB), com 25,62%, foram eleitos senadores.

ALAGOAS: A disputa pelo governo do estado continua no segundo turno. Teotonio Vilella (PSDB) e Ronaldo Lessa (PDT) foram os mais votados e lutam pelo cargo. O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello ficou em terceiro lugar e está fora da briga. As vagas para o Senado serão de Benedito de Lira (PP) e Renan Calheiros (PMDB).


PERNAMBUCO: Eduardo Campos (PSB) foi eleito governador ainda no primeiro turno. O candidato deixou em segundo Jarbas Vasconcelos (PMDB). Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT) venceram a disputa ao Senado.

PARAÍBA:: O estado terá segundo turno para governador. Ricardo Coutinho (PSB) e José Maranhão (PMDB) avançaram. Enquanto Coutinho recebeu 49,74% dos votos, Zé Maranhão teve 49,3%. Vitalzinho (PMDB), com 35,37% dos votos, e Wilson Santiago (PMDB), com 33,39%, conquistaram as duas vagas para o Senado.

CEARÁ: Cid Gomes (PSB) garantiu a reeleição para o governo. Marcos Cals (PSDB) foi o segundo mais votado. Eunício (PMDB) e Pimentel (PT) vão ocupar as duas cadeiras do Senado.

RIO GRANDE DO NORTE: A candidata do DEM ao governo, Rosalba Ciarlini, derrotou o atual governador Iberê Ferreira (PSB), e foi eleita. Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José Agripino (DEM) foram os mais votados para o Senado.

MARANHÃO: A apuração dos votos ainda não terminou e, por enquanto, não é possível dizer se a candidata Roseana Sarney será eleita no primeiro turno ou se haverá segundo turno. Flavio Dino (PC do B) tem chances de avançar na disputa. Para o Senado, Edison Lobão (PMDB) foi o mais votado. Em segundo ficou João Alberto (PMDB).

AMAZONAS: Omar Aziz (PMN) venceu a disputa ao governo do estado no primeiro turno. Alfredo Nascimento (PR) ficou em segundo. Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotion (PC do B) foram eleitos senadores.

AMAPÁ: Numa disputa acirradíssima, Lucas Barreto (PTB) e Camilo Capiberibe (PSB) estão no segundo turno para o cargo de governador. Randolfe Rodrigues (PSOL) e Gilvam Borges (PMDB) serão os senadores que representarão o estado.

RORAIMA: Segundo turno também em Roraima. Neudo Campos (PP) e José de Anchieta (PSDB) disputam o cargo de governador. O estado será representado no Senado por Romero Jucá (PMDB) e Angela Portela (PT).

PARÁ: Os paraenses vão votar no segundo turno para governador. Simão Janete (PSDB) e Ana Julia (PT) estão no páreo. Flexa Ribeiro (PSDB) foi o candidato mais votado para o Senado, seguido por Marinor Brito (PSOL).

PIAUÍ: Após disputa acirrada, a eleição para governador vai ter segundo turno. Wilson Martins (PSB) e Silvio Mendes (PSDB) estão na briga. Wellington Dias (PT) e Ciro Nogueira (PP) conquistaram as vagas para o Senado.

TOCANTINS: Siqueira Campos (PSDB) foi eleito governador no primeiro turno com 50,52% dos votos. Carlos Gaguim (PMDB), atual governador, ficou em segundo, com 49,48%. A disputa foi apertada também para as duas vagas ao Senado. João Ribeiro (PR) foi o mais votado, com 27,96% dos votos, seguido por Marcelo Miranda (PMDB), com 25,41%.

GOIÁS: A disputa pelo governo vai ter segundo turno. Marconi Perillo (PSDB), que recebeu 46,33% dos votos, e Iris Rezende (PMDB), com 36,38%, estão na disputa. Demostenes Torres (DEM), com 44,09%, e Lúcia Vânia (PSDB), com 30,56%, ficaram com as vagas ao Senado.

ACRE: Tião Viana (PT) foi eleito governador do Acre. O segundo mais votado foi Tião Bocalom (PSDB). Os candidatos que vão ocupar as cadeiras do Senado serão Jorge Viana (PT) e Petecão (PMN).

RONDÔNIA: A disputa pelo governo terá segundo turno, com os candidatos Confucio Moura (PMDB) e João Cahulla (PPS) na disputa. Moura recebeu 44,01% dos votos válidos, já Cahulla, 37,13%. Valdir Raupp (PMDB), com 50,68%, foi o mais votado para o Senado. Fátima Cleide (PT) foi a segunda, com 23,71%.

MATO GROSSO: Silval Barbosa (PMDB) garantiu a vitória no primeiro turno na disputa pelo governo do estado. Barbosa deixou para trás o concorrente Mauro Mendes (PSB). O ex-governador Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT) vão representar o estado no Senado.

MATO GROSSO DO SUL: O atual governador do estado, André Puccinelli (PMDB), foi reeleito com 56% dos votos. Zeca do PT (PT), com 42,5%, ficou em segundo lugar. Para o Senado, as duas vagas ficaram com Delcídio (PT), com 34,9%, e Moka (PMDB), com 23%.
: confira como terminou o primeiro turno em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal

Extra Online



SÃO PAULO: O cargo de governador foi decidido no primeiro turno. O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) foi eleito. O segundo mais votado foi Aloizio Mercadente (PT). As duas cadeiras no Senado serão ocupadas por Aloysio Nunes (PSDB) e Marta Suplicy (PT).

MINAS GERAIS: O candidato Antonio Anastasia (PSDB) também foi eleito governador no primeiro turno. Em segundo lugar ficou Helio Costa (PMDB). Para o Senado, o ex-governador Aécio Neves (PSDB) foi o mais votado. O ex-presidente da República, Itamar Franco (PPS), também foi eleito senador.

DISTRITO FEDERAL: Na capital brasileira vai haver segundo turno para governador. Agnelo Queiroz (PT), que recebeu 48,41% dos votos, e Weslian Roriz (PSC), com 31,5%, disputam. Já os mais votados para o Senado foram Cristovam Buarque (PDT) e Rollemberg (PSB), com 37,27% e 33,03% dos votos, respectivamente.

RIO GRANDE DO SUL: A eleição para o governo gaúcho também foi decidida no primeiro turno. Com 54,35% dos votos, Tarso Genro (PT) deixou para trás Fogaça (PMDB), com 24,74%, e a atual governadora, Yeda Crusius (PSDB), com 18,4%. Para o Senado, Paim (PT) foi o mais votado, com 33,83% dos votos, seguido por Ana Amélia Lemos (PP), com 29,54%.

SANTA CATARINA: O candidato do DEM, Raimundo Colombo, acabou eleito governador no primeiro turno, com 52,72% dos votos. Angela Amin (PP) ficou em segundo lugar, com 24,91%. As duas vagas para o Senado em Santa Catarina foram preenchidas por Luiz Henrique da Silveira (PMDB), com 28,44% dos votos, e Paulo Bauer (PSDB), com 25,32%.

PARANÁ: Beto Richa (PSDB) foi eleito governador ainda no primeiro turno, com 52,44% dos votos, contra os 45,63% de Osmar Dias (PDT), que ficou em segundo. Para o Senado foram eleitos Gleisi Hoffmann (PT), com 29,50%, e Roberto Requião (PMDB), com 24,84%.

RIO DE JANEIRO: Sérgio Cabral foi reeleito no primeiro turno. O atual governador recebeu 66,08% dos votos. Fernando Gabeira (PV) foi o segundo mais votado, com 20,68%. As vagas para o Senado no Rio serão ocupadas por Lindberg Farias (PT), com 28,65%, e Marcelo Crivella (PRB), que foi reeleito com 22,66%

ESPÍRITO SANTO: Renato Casagrande (PSB) foi eleito governador no primeiro turno, com 82,3% dos votos válidos. Em segundo lugar, Luiz Paulo (PSDB) teve apenas 15,5%. Ricardo Ferraço (PMDB), com 44,55%, e Magno Malta (PR), com 36,76%, foram eleitos senadores.

BAHIA: O atual governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi reeleito. O segundo candidato mais votado foi Paulo Souto (DEM). Walter Pinheiro (PT) e Lídice (PSB) vão representar os baianos no Senado.

SERGIPE: O candidato Marcelo Déda (PT) foi reeleito governador, com 52,08% dos votos. O segundo colocado, João Alves (DEM), recebeu 45,19% dos votos. Eduardo Amorim (PSC), com 33,65%, e Valadares (PSB), com 25,62%, foram eleitos senadores.

ALAGOAS: A disputa pelo governo do estado continua no segundo turno. Teotonio Vilella (PSDB) e Ronaldo Lessa (PDT) foram os mais votados e lutam pelo cargo. O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello ficou em terceiro lugar e está fora da briga. As vagas para o Senado serão de Benedito de Lira (PP) e Renan Calheiros (PMDB).


PERNAMBUCO: Eduardo Campos (PSB) foi eleito governador ainda no primeiro turno. O candidato deixou em segundo Jarbas Vasconcelos (PMDB). Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT) venceram a disputa ao Senado.

PARAÍBA:: O estado terá segundo turno para governador. Ricardo Coutinho (PSB) e José Maranhão (PMDB) avançaram. Enquanto Coutinho recebeu 49,74% dos votos, Zé Maranhão teve 49,3%. Vitalzinho (PMDB), com 35,37% dos votos, e Wilson Santiago (PMDB), com 33,39%, conquistaram as duas vagas para o Senado.

CEARÁ: Cid Gomes (PSB) garantiu a reeleição para o governo. Marcos Cals (PSDB) foi o segundo mais votado. Eunício (PMDB) e Pimentel (PT) vão ocupar as duas cadeiras do Senado.

RIO GRANDE DO NORTE: A candidata do DEM ao governo, Rosalba Ciarlini, derrotou o atual governador Iberê Ferreira (PSB), e foi eleita. Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José Agripino (DEM) foram os mais votados para o Senado.

MARANHÃO: A apuração dos votos ainda não terminou e, por enquanto, não é possível dizer se a candidata Roseana Sarney será eleita no primeiro turno ou se haverá segundo turno. Flavio Dino (PC do B) tem chances de avançar na disputa. Para o Senado, Edison Lobão (PMDB) foi o mais votado. Em segundo ficou João Alberto (PMDB).

AMAZONAS: Omar Aziz (PMN) venceu a disputa ao governo do estado no primeiro turno. Alfredo Nascimento (PR) ficou em segundo. Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotion (PC do B) foram eleitos senadores.

AMAPÁ: Numa disputa acirradíssima, Lucas Barreto (PTB) e Camilo Capiberibe (PSB) estão no segundo turno para o cargo de governador. Randolfe Rodrigues (PSOL) e Gilvam Borges (PMDB) serão os senadores que representarão o estado.

RORAIMA: Segundo turno também em Roraima. Neudo Campos (PP) e José de Anchieta (PSDB) disputam o cargo de governador. O estado será representado no Senado por Romero Jucá (PMDB) e Angela Portela (PT).

PARÁ: Os paraenses vão votar no segundo turno para governador. Simão Janete (PSDB) e Ana Julia (PT) estão no páreo. Flexa Ribeiro (PSDB) foi o candidato mais votado para o Senado, seguido por Marinor Brito (PSOL).

PIAUÍ: Após disputa acirrada, a eleição para governador vai ter segundo turno. Wilson Martins (PSB) e Silvio Mendes (PSDB) estão na briga. Wellington Dias (PT) e Ciro Nogueira (PP) conquistaram as vagas para o Senado.

TOCANTINS: Siqueira Campos (PSDB) foi eleito governador no primeiro turno com 50,52% dos votos. Carlos Gaguim (PMDB), atual governador, ficou em segundo, com 49,48%. A disputa foi apertada também para as duas vagas ao Senado. João Ribeiro (PR) foi o mais votado, com 27,96% dos votos, seguido por Marcelo Miranda (PMDB), com 25,41%.

GOIÁS: A disputa pelo governo vai ter segundo turno. Marconi Perillo (PSDB), que recebeu 46,33% dos votos, e Iris Rezende (PMDB), com 36,38%, estão na disputa. Demostenes Torres (DEM), com 44,09%, e Lúcia Vânia (PSDB), com 30,56%, ficaram com as vagas ao Senado.

ACRE: Tião Viana (PT) foi eleito governador do Acre. O segundo mais votado foi Tião Bocalom (PSDB). Os candidatos que vão ocupar as cadeiras do Senado serão Jorge Viana (PT) e Petecão (PMN).

RONDÔNIA: A disputa pelo governo terá segundo turno, com os candidatos Confucio Moura (PMDB) e João Cahulla (PPS) na disputa. Moura recebeu 44,01% dos votos válidos, já Cahulla, 37,13%. Valdir Raupp (PMDB), com 50,68%, foi o mais votado para o Senado. Fátima Cleide (PT) foi a segunda, com 23,71%.

MATO GROSSO: Silval Barbosa (PMDB) garantiu a vitória no primeiro turno na disputa pelo governo do estado. Barbosa deixou para trás o concorrente Mauro Mendes (PSB). O ex-governador Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT) vão representar o estado no Senado.

MATO GROSSO DO SUL: O atual governador do estado, André Puccinelli (PMDB), foi reeleito com 56% dos votos. Zeca do PT (PT), com 42,5%, ficou em segundo lugar. Para o Senado, as duas vagas ficaram com Delcídio (PT), com 34,9%, e Moka (PMDB), com 23%.

Eu já sabia!

Eduardo deixou Jarbas falando do passado. Jarbas caiu numa falsa roda de pogo
POSTADO ÀS 18:40 EM 03 DE Outubro DE 2010


A fácil reeleição do governador-candidato Eduardo Campos, sobre o senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB, deve-se a diversos fatores, locais e nacionais, mas o mais óbvio é o reconhecimento do eleitorado de que ele fez um bom governo e avançou, especialmente em áreas como o combate à segurança ou a saúde, como o blog já teve oportunidade de registrar aqui.

A vitória de Eduardo Campos, nem por isto, deixa de ser impressionante.

Embora todos esperássemos sua eleição no primeiro turno, conquistar cerca de 82,26% do eleitorado, com 2,8 milhões de votos, contra cerca de 500 mil de Jarbas, é um resultado histórico.

Eduardo teve a inteligência aproveitar a herança bendita deixada pelo antecessor, negando-lhe o crédito, como faz Lula com os tucanos.

O socialista também teve a competência de cercar-se de uma boa estratégia de campanha. Eduardo simplesmente deixou Jarbas falando do passado. Não aceitou a comparação com o governo Jarbas/Mendonça, com o slogan Daqui para Melhor.

Em sua campanha, destacou as obras federais, como a refinaria e o estaleiro que estão sendo erguidos no complexo portuário de Suape.

“Fizemos uma campanha que prestou contas à sociedade e falou do futuro de Pernambuco. Nossa vantagem nas pesquisas é expressiva, mas temos que aguardar a expressão do voto popular. Os políticos já falaram. Agora é a hora do povo falar”, disse hoje cedo, depois de votar.

Jarbas teve uma atuação combativa no Senado e mesmo sendo oposição a Lula em um estado em que o presidente tem uma enorme popularidade, a performance de Jarbas ficou aquém de sua atuação e dimensão histórica. Não havia muito o que fazer.

Jarbas, 68, disputou a eleição contra sua vontade. Com mais quatro anos de mandato no Senado, ele assumiu a candidatura a pedido do presidenciável tucano, José Serra, que precisava de um palanque forte no Estado. Durante a campanha, perdeu o apoio da maioria dos prefeitos do PSDB, que já não tinha há muito tempo.

A situação lembra aquela roda de pogo que os maluquetes punks fazem em shows, quando pulam do palco sobre a plateia. Todos brincam pulando sobre os outros, quando são abraçados para evitar que se esborrachem no chão.

No caso de Jarbas, foi um pula que eu abro. Estatelou-se.

Uma das falhas mais evidentes do senador do PMDB foi encastelar-se em Brasília, usando seu gabinete apenas para a disputa ideológica com o governo do PT. Enquanto isto, Eduardo Campos, como fez quando concorreu com Mendonça Filho, para seu primeiro mandato, viajou a todos os municípios do Estado e fez acordos até com oposicionistas.

Será necessário agora uma reformulação ampla e profunda da oposição, depois de uma devida lavagem de roupa suja. O maior erro da oposição, para mim, foi a falta de renovação dos quadros. Figurões personalistas nunca cuidaram de cuidar da sucessão. Vejam o caso do deputado federal Roberto Magalhães que abandona a política somente agora, por suposto desgosto com a atividade.

O cenário para a oposição em PE só pode ser péssimo. Marco Maciel poderia ter um desempenho bem melhor, mas ficou com cerca de 12-13%. Para um nome com esta dimensão, é uma votação irrisória e reforça a a visão de um péssimo cenário para a oposição em PE.

Eleito hoje no primeiro turno, Campos poderá comemorar a derrota histórica sofrida por seu avô Miguel Arraes (1916-2005) na eleição de 1998, vencida pelo mesmo Jarbas.

Arraes, que à época tentava a reeleição, perdeu por uma diferença de 1,06 milhão de votos. Campos pode superar essa soma e cravar a vitória mais elástica do país.

O governador deve ao avô o início da sua carreira política.

Ele ocupou cargos de confiança quando Arraes governou Pernambuco (1987-1990 e 1995-1998). Campos tem o apoio do presidente Lula, de quem foi ministro da Ciência e Tecnologia até 2005.


EDUARDO CAMPOS(PSB)
Nome: Eduardo Henrique Accioly Campos
Idade: (nasceu em 10/08/1965, no Recife)
Graduação: Economista
Esposa: Renata de Andrade Limpa Campos
Filhos: Maria Eduarda, João, Pedro e José Henrique
Filiação política: Partido Socialista Brasileiro (PSB)
» Foi chefe de gabinete no segundo governo Miguel Arraes (1987-90)
» Secretário de Governo e da Fazenda no terceiro governo Miguel Arraes (1995-98)
» Ministro da Ciência e Tecnologia do Governo Lula (2003-2006)
» Candidato a prefeito do Recife (1992)
» Deputado estadual (1991-95)
» Deputado federal (1995-98/1999-2002/2003-2006)
» Governador de Pernambuco (2007-2010)

Após fazer carreata, Mendonça Filho é detido e levado ao TRE

Após fazer carreata, Mendonça Filho é detido e levado ao TRE


O presidente estadual do DEM e candidato a deputado federal Mendonça Filho foi detido por policiais após realizar uma carreata no bairro do Ibura. A legislação eleitoral proíbe que o ato seja feito no dia da eleição. O ex-governador de Pernambuco está sendo levado para a sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE).

A FOME DE MARINA

A FOME DE MARINA




Por José Ribamar Bessa Freire

(Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ) e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)



Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: "Lula é analfabeto". Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva , que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, "porque ela tem cara de quem está com fome".

Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.

Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana.

Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.

Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados.

De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política.

A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio."Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel.../ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!".

Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.

A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?

O mapa da fome

A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.

Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.

Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.

A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever.

Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.

Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT.

Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco , quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.

Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal.

Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.

Tudo vira bosta

Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, "o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta".

Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - 'Se Manca' - dizendo a ela: "Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca".

Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - 'Você vem' - ela faz autocrítica antecipada, confessando: "Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem... e faz piada". Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: "Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você".

A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, "ela tem cara de professora de matemática e mete medo". Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.

Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?

Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, "il péte de santé".

O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil...

Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.

Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.