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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Rock in Rio volta ao Brasil após dez anos

Rock in Rio volta ao Brasil após dez anos

Evento será na Cidade Maravilhosa em setembro e outubro de 2011

RIO DE JANEIRO (EFE, AE e Folhapress) - O festival Rock in Rio volta no próximo ano para a cidade que dá nome ao evento, onde pretende se estabelecer de forma regular, informou ontem a organização em uma entrevista coletiva. A quarta edição do festival no Rio de Janeiro, que foi organizado pela primeira vez em 1985, será realizada nos dias 23, 24, 25 e 30 de setembro e 1° e 2 de outubro de 2011, anunciaram o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o empresário Roberto Medina, dono dos direitos do festival.

Cerca de cem artistas irão participar, entre eles os já confirmados Ed Motta, Pitty, Capital Inicial, Jota Quest e Frejat. As atrações internacionais não estão definidas até o momento. Segundo Roberto Medina, Lady Gaga, Iron Maiden, Guns n’ Roses e Radiohead estão na mira do evento. A organização encomendou uma pesquisa ao Ibope para ajudar a escolher as atrações.

A intenção da organização e da prefeitura do Rio é que o Rock in Rio seja realizado na cidade a cada dois anos a partir de 2011, revelaram Medina e Paes. O prefeito acrescentou que se estudará a organização de edições especiais em anos alternativos para coincidir com os grandes eventos previstos para serem realizados no Rio de Janeiro, como os Jogos Olímpicos de 2016. Para a próxima edição, a organização espera reunir 120 mil pessoas em cada um dos seis dias de shows, nos quais haverá 14 horas diárias de música.

Na entrevista coletiva, Roberto Medina disse que o Rock in Rio 2011 terá dias temáticos dedicados ao heavy metal, à música eletrônica e ao pop, entre outros estilos. Serão dois palcos (Mundo e Sunset), tenda eletrônica, espaço fashion e o Rock Street, um shopping com 30 lojas, além de parque de diversões. A prefeitura irá investir US$ 34 milhões para preparar o terreno do festival, em Jacarepaguá.

A primeira edição do Rock in Rio foi realizada em janeiro de 1985, na Cidade do Rock. Em 1991, na segunda, o festival foi para o estádio do Maracanã. Dez anos depois, o evento voltou para a Cidade do Rock. De 2001 para cá, o Rock in Rio aconteceu apenas fora do País, com quatro edições em Lisboa (2004, 2006, 2008 e 2010) e duas em Madri (2008 e 2010).

Ladrões levam 8,3 mil do Bradesco do Eufrásio

Ladrões levam 8,3 mil do Bradesco do Eufrásio

A agência do Bradesco localizada no Mercado Eufrásio Barbosa, no bairro do Varadouro, em Olinda, também foi assalta ontem. De acordo com os policiais do 1° Batalhão de Polícia Militar (BPM), três homens invadiram a agência por volta das 13h15. O primeiro deles entrou no banco desarmado. Os outros dois, armados com duas pistolas, renderam o vigilante pelo vidro. Depois que o comparsa desarmouo vigilante, o trio fugiu em um veículo vermelho, levando aproximadamente R$ 8,3 mil, além de um revólver calibre 38 do segurança. As investigações ficarão a cargo da Delegacia de Roubos e Furtos.

De acordo com o delegado Filipe Regueira, a princípio, não há indícios de que o crime tenha ligação com o assalto a um carro forte, na manhã de ontem. Cerca de 40 minutos após o assalto, policiais do 1° BPM encontraram uma Ranger vermelha, de placa JOC-0600, na travessa José Matias Bezerra, no bairro de Santa Terezinha, também em Olinda. Dentro do veículo foi encontrado um revólver calibre 38, com seis munições dentro, sendo três delas pinadas. Moradores da localidade afirmaram que dois homens saíram do carro e fugiram em direção a comunidade V8, no Varadouro.

domingo, 15 de agosto de 2010

O cara que deu um chapéu em Pelé (Só podia ser do Santa Cruz)

O cara que deu um chapéu em Pelé

Ex-volante coral, que foi pentacampeão pernambucano, trabalha na Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes
KAUÊ DINIZ

Tomar um drible desconcertante de Pelé era a situação mais normal do mundo. Mas dar um chapéu no Rei do futebol foi uma façanha para poucos. É tanto que, até hoje, Zito Peito de Pombo mantém viva em sua memória o dia em que, num jogo entre o Santa Cruz e o Santos, no Arruda, no início da década de 70, ele inverteu os papéis com o maior jogador da história e arrancou aplausos da torcida após o lance histórico. O orgulho do ex-volante tricolor é explícito, facilmente denunciado pela voz de quem não se contém em entusiasmo em relembrar dos velhos tempos de boleiro.

“Até hoje, as pessoas me param na rua para me cumprimentar e falam: ‘Zito, eu vi o chapéu que você deu no Pelé’”, conta o ex-cabeça-de-área coral, que há 26 anos trabalha na Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e, vez por outra, ainda é solicitado para entrar em campo. “O pessoal chega e diz: ‘Zito, perde dez quilos que tu tem vaga no time do Santa Cruz’. Eu fico lisonjeado, mas hoje só aguento jogar dez a vinte minutos, quando Luciano Veloso e Ramón me chamam para disputar umas partidas pelo time de master do Santa Cruz”, diz, sempre bem humorado.

O caminho de Zito se cruzou com o do Santa Cruz graças ao dedo do técnico Gradim. Foi ele quem solicitou a contratação do então volante centralino. O desafio não era nada fácil. Zito precisava vencer a desconfiança que, geralmente, ronda os jogadores oriundos do Interior do Estado. Além disso, chegava num período de jejum de títulos. Há nove anos, o Tricolor não dava uma volta olímpica. Meses depois, o caruaruense escrevia as primeiras páginas da sua trajetória vitoriosa no Santa Cruz. “Gradim formou um grande time. Trouxe vários jogadores da região e deu espaço à garotada prata-da-casa. Infelizmente, hoje, os clubes daqui esqueceram de investir na base. Foi assim que o Santa Cruz foi pentacampeão e o Náutico, hexa”, diz.

Do período em que defendeu o Santa Cruz, dois episódios, além do chapéu em Pelé, Zito faz questão de destacar. “Foi muito emocionante o título pernambucano de 1969, após dez anos sem o Santa Cruz conquistar um título. Lembro que o Gradim me chamou antes da partida e perguntou o que eu achava que deveríamos fazer para sermos campeões. No final, terminamos conquistando o título. A final de 1973 também foi marcante. Dei o passe para Ramón fazer o gol”, recorda o famoso Peito de Pombo, que também defendeu a seleção pernambucana num amistoso contra a brasileira, aqui no Recife.

Zito acredita que só não foi mais longe no futebol devido à lesão que sofreu. “Tive um problema de menisco no joelho. Isso atrapalhou minha carreira. Tinha proposta para jogar no Sul do País. Mas o futebol é assim mesmo”, resignasse.

4° BPE conclui curso de polícia

EXÉRCITO -
4° BPE conclui curso de polícia

DALTON TORRES

O 4º Batalhão de Polícia do Exército concluiu, quinta-feira, o Curso de Polícia do Exército iniciado no dia 07 de junho passado. O evento, que durou quatro semanas, foi ministrado nas instalações do 4° BPE, unidade da elite da Infantaria do Exército Brasileiro subordinada ao Comando Militar do Nordeste (CMNE), com quartel no Complexo Militar do Curado.

Foram diplomados com aproveitamento 25 militares do EB, lotados em diversos estados, entre os quais, dois alunos de Salvador-BA, um de Feira de Santana-BA, 11 do Recife-PE, três de Natal-RN, dois de Garanhuns-PE, um de Maceió-Al, um de Marabá-PA e quatro de Manaus-AM.

A grade do curso abrangeu instruções específicas do policiamento da alçada do Exército Brasileiro, entre as quais, Operação de Busca e Apreensão (OBA), Policiamento, Abordagem, Direção Defensiva e Evasiva, Condução de Presos, Posto de Bloqueio e Controle de Estradas, Armamento, Munição e Tiro de Armas Não-Letais, entre outras.

A solenidade de formatura dos concluintes foi conduzida pelo comandante do 4° BPE, coronel infante José Antônio de Sá Júnior, sendo prestigiada pelo comandante da 10a. Brigada de Infantaria Motorizada, general de brigada Geraldo Gomes de Mattos Filho

Civil é julgado em tribunal militar

Civil é julgado em tribunal militar

Após 31 anos da Lei de Anistia, economista poderá ser punido pelas Forças Armadas
CAROLINA ALBUQUERQUE

Passados 31 anos da promulgação da Lei de Anistia, que deu início ao processo de transição da Ditadura Militar para democracia, e 22 de exercício da Constituição Federal de 1988, um civil volta a ocupar o banco dos réus em um tribunal militar. O economista Roberto de Oliveira Monte, com mais de 30 anos defensor dos Diretos Humanos, foi enquadrado no crime de opinião pela Justiça Federal Militar. Pelos delitos, o economista pode ser punido com até quatro anos de reclusão. O caso é condenado pelo Movimento Nacional dos Direitos Humanos, Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, Organização dos Advogados do Brasil e a Comissão de Direitos Humanos da Alepe.

O acusado compareceu, na última quinta-feira, à Auditoria da 7ª Circunscrição de Justiça Militar, no Recife Antigo, para ser interrogado. Ele é o único civil em um processo que inclui 14 militares. Roberto Oliveira responde a um processo militar por ter defendido a criação de Comissões de Direitos Humanos nas organizações militares e acreditar que o Exército brasileiro não deveria ser lembrado apenas por figuras como Duque de Caxias, mas também de Carlos Prestes, Carlos Lamarca e Apolônio de Carvalho, militares e políticos comunistas que lutaram contra a Ditadura Militar, de 1964. Segundo os autos, as declarações foram enquadradas nos artigos 155, de incitação à desobediência, e 219, de ofensa às Forças Armadas, do Código Penal Militar.

Para o advogado Marcelo Santa Cruz, que está fazendo a defesa do acusado junto com Frederico Barbosa e Eri Varela, por indicação da OAB-PE, o caso é uma volta ao que acontecia durante o Regime Militar. “Não caberia ao Código Militar julgá-lo. Há uma contradição entre o que diz a Constituição Federal de 88 e também os tratados internacionais de Direitos Humanos e o Código Militar”, pontua. O advogado Frederico Barbosa classificou o caso como “constrangedor” e ressalta que as declarações foram feitas em ambiente civil, no auditório da reitoria, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, durante o I Congresso Norte-Nordeste de Direito Militar, em 2005.

O caso já tomou proporção nacional. O conselheiro da Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, Mário Albuquerque, declarou, por telefone à reportagem da Folha, que o que aconteceu com Roberto é um resquício da não transição política do Brasil. “Envolve o processo incompleto de transição da política no Brasil. Dentro dos quatro princípios da Justiça de Transição, o Brasil só está concluindo o da reparação econômica aos presos políticos.

O quarto princípio é da reforma das instituições, mas hoje, nós temos um Código Penal Militar que é o mesmo da época da Ditadura. Há uma proposta em tramitação no congresso nacional de reforma das Forças Armadas, de autoria de Mangabeira Unger, que pretende rever o papel das Forças Armadas. A própria Justiça Militar está sendo questionada pelo mundo, a Argentina acabou de extingui-la, pois é um foro privilegiado em que torna certo cidadão diferente dos outros. O militar que comete um crime é julgado pelos próprios pares e isso é um atraso”.