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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Em assembleia, bancários decretam fim da greve

Em assembleia, bancários decretam fim da greve

Apenas trabalhadores do Banco do Brasil mantêm movimento
GABRIELA LÓPEZ




Reunida, categoria optou por acatar a proposta de 7,5% de aumento



A partir de hoje, quase todos os bancos começam a voltam a funcionar normalmente. No Estado, em assembleia realizada, ontem, pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco (Sindbancários-PE), foi decidido o fim da greve, diante da proposta de reajuste salarial de 7,5% (os trabalhadores reivindicavam 11%), apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), e das negociações específicas com a Caixa Econômica. Apenas os trabalhadores do Banco do Brasil continuam em greve, após rejeitarem o novo plano de cargos e salários proposto pela instituição.


Iniciada no último dia 29, a mobilização representou a maior da categoria nos últimos 20 anos, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), registrando o fechamento de mais de 8 mil agências pelo Brasil, sendo cerca de 300 em Pernambuco. “A greve foi forte e, por isso, conseguimos avançar”, afirmou a presidente do Sindbancários-PE, Jaqueline Mello. Hoje, será realizada assembleia para decidir os rumos da greve no Banco do Brasil.

O reajuste de 7,5%, com au­mento real de 3,1%, vale para salários até R$ 5.250. Para quem ganha acima disso, o reajuste é de 4,29% ou R$ 393,75, valendo o valor mais vantajoso para os bancários. O piso da categoria teve aumento real de 11,54%, passando de 748,59 para R$ 870,84, no caso da função de porteiro, e de R$ 1.074,46 pa­ra R$ 1.250, para quem trabalha em escritório ou nos caixas. Além disso, reajuste de 7,5% para os benefícios recebidos pela categoria e aumento de 7,5% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

O acordo contemplou, ainda, implantação de um canal de denúncias de assédio moral (com prazo para apuração e retorno aos sindicatos), registro obrigatório de boletim de ocorrência em casos de assaltos e sequestros nas agências, atendimento psicológico no pós-assalto para os trabalhadores e possibilidade de realocação para outra agência ao bancário vítima de sequestro. Os dias de greve não serão descontados no pagamento.

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