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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mais confusões no Presídio Aníbal Bruno

Tiroteio no Aníbal Bruno deixa mortos e feridos
Confusão começou com briga entre presos em galpão da unidade
AMANDA SEABRA e MANOEL GUIMARÃES

Uma briga entre detentos do Presídio Professor Aníbal Bruno, em Tejipió, terminou em um grande confronto que deixou, até o fechamento desta edição a 1h, pelo menos três mortos e 17 feridos. Devido à gravidade da confusão provocada pelos presos, agentes penitenciários tiveram que interferir e apartar a briga, mas acabaram se tornando também alvos de agressões. Para contornar a situação, o Batalhão de Choque e a Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe) foram acionados e o confronto tomou maiores proporções. Testemunhas relataram ter ouvido muitos tiros por cerca de 20 minutos. O motivo do desentendimento entre os presos, segundo informações iniciais, está relacionado com o fato de um detento ter denunciado a formação de uma milícia pelos chaveiros (que também são detentos) dentro da unidade. Ontem, os presos teriam se reunido para acertar as contas com esse detento “delator”. Segundo informações extraoficiais, os detentos estavam com pedras e pedaços de pau e não há confirmação se eles usaram armas de fogo. A confusão dentro do presídio iniciou, por volta das 22h, próximo ao galpão da enfermaria da unidade. O cenário no entorno da penitenciária era de completo desespero. Pais e familiares dos presos estavam em pânico devido à quantidade de tiros e à falta de informações. Foi o caso de Valderize Campos de Almeida, mãe de um dos detentos feridos. Seu filho, Carlos Eduardo Campos de Almeida, 26, está preso há cinco meses por tráfico de drogas. Valderiza ficou até depois da meia-noite sem notícias sobre ele, só depois foi que soube que ele levou um tiro na perna e estava com a costela quebrada. “O que acontece nesses presídios é um absurdo”, disse. Cerca de 30 homens do Batalhão de Choque, além do efetivo (não informado) do Cioe, tiveram que entrar no presídio para conter a situação. Por volta das 1h, mais 20 homens do Choque chegaram ao local, mas a situação já estava controlada. Os feridos foram socorridos por equipes do Samu e pelo Corpo de Bombeiros para os hospitais Otávio de Freitas, Getúlio Vargas e Restauração. Dois dos mortos faleceram a caminho do hospital.

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