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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Policiais do BPGd controlam rebelião no Presídio Aníbal Bruno

Quatro presos feridos em motim

A partir da agressão em um detento, foi gerado tumulto em seis pavilhões do Aníbal
JOSÉ ACCIOLY e LEOPOLDO MONTEIRO

Uma confusão generalizada causada por detentos de seis pavilhões do Presídio Professor Aníbal Bruno, no bairro de Tejipió, no Recife, deixou o saldo de quatro pessoas feridas, uma delas com um tiro na cabeça. O incidente aconteceu por volta das 9h30 de ontem, quando parte dos presidiários dos pavilhões A, B, C, D e E tomava banho de sol no pátio e outros aguardavam o re-estabelecimento da energia elétrica. Apenados do pavilhão J iniciaram a série de agressões a um interno do B. Os demais, vendo o espancamento, começaram a arremessar pedras, revidando o ato. Por conta do motim, 40 detentos do pavilhão J foram transferidos para outras unidades carcerárias do Estado.A situação foi contornada por volta das 11h30, quando policiais militares - que fazem a guarda interna do presídio - fizeram disparos com armas de fogo para o alto, na tentativa de intimidar os detentos que estavam na confusão. Quarenta homens do Batalhão de Policiamento de Choque foram acionados para o local e ajudaram a controlar a confusão entre os prisioneiros. Funcionários contratados para o serviço de re-estruturação do presídio correram assustados ao ver o tumulto e agressões no pátio. Do lado de fora, parentes e moradores ficaram apreensivos com o que se passada dentro da unidade penal.Saíram feridos da briga Rinaldo Luiz Lins de Oliveira Júnior, 26, que cumpre pena por homicídio e tráfico de drogas. Ele foi baleado no braço e atendido na enfermaria do presídio. Marcone dos Santos Gouveia, 28, e Alan Arruda Guedes, presos por assalto, homicídio e formação de quadrilha, foram levados para o Hospital Otávio de Freitas (HOF), no Tejipió. O primeiro foi atingido por um tiro no pé e Alan na cabeça. Marcone recebeu alta médica e Alan continua internado. Um quarto detendo, vítima do espacamento, não teve o nome revelado.Segundo o diretor do Presídio Professor Aníbal Bruno, Geraldo Severiano, a briga começou porque dentro do pavilhão J há rumores de que exista uma milícia. “Eles são muito agressivos e se auto intitulam como comandantes do presídio. No caso da briga, um detento do (pavilhão) B foi passar para o outro lado e os prisioneiros do J começaram a espancá-lo. Os outros internos se revoltaram com a situação e revidaram as agressões, jogando pedras”, contou. O superintendente de Segurança Penitenciária da Seres, coronel Isaac Wanderley, afirmou que houve disparos de arma de fogo dentro da unidade penal. “Num caso de motim, usamos, primeiramente, armas não letais, na tentativa de contornar a situação. Dependendo da ocasião, armas letais têm que ser utilizadas”, destacou.


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