BOMBA -
Polícia procura fornecedor
JULIANA ARETAKIS
GIOVANE, 18, injetou óleo mineral nos braços há 6 meses
Com os braços ainda inchados e movimentos limitados, o jovem Giovane da Silva, 18, segue internado na emergência do Hospital da Restauração por causa de complicações decorrentes da aplicação de óleo mineral nos braços há seis meses. Enquanto isso, a Delegacia de Tamandaré avança nas investigações sobre a origem do produto, vendido com o falso propósito de aumentar os músculos. Ontem, a delegada Edva Magalhães ouviu o pai e a tia de Giovane, que deram novos rumos ao episódio. A suposição de que o produto era comercializado em uma academia do município foi derrubada e agora a polícia tenta localizar o fornecedor da substância.
De acordo com Edva Magalhães, os depoimentos de ontem já ajudaram na pista do homem que vendia os produtos. “Temos informações de que ele trabalhava em Rio Formoso, onde já aplicava as injeções, e depois alugou uma casa em Tamandaré onde continuou com a prática”, disse. Ainda segundo a delegada, nenhum adolescente ouvido ontem se referiu a esse homem, apenas a tia do rapaz. Para a delegada, apenas com o decorrer das investigações poderá ser definida a pena para o fornecedor. “Como o óleo mineral tem venda permitida nas farmácias, teremos que analisar se houve a culpa ou o dolo eventual”, afirmou.
No HR ainda não se fala em intervenções cirúrgicas em Giovane. “Ele tem a limitação do movimento, não consegue fazer o movimento de extensão do braço, mas até agora não houve a necessidade de procedimento”, disse o diretor médico Hélder Corrêa. Segundo ele, Giovane pode continuar com a limitação e apenas após a retirada da área de fibrose, deverá ser estudada a possibilidade de cirurgia plástica.
A direção da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) se reuniu na tarde de ontem com o Juizado da Infância e Adolescência para definir um plano de ação em conjunto com o Conselho Regional de Educação Física e a polícia.
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