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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

2011 será de torneiras fechadas (Nade de grandes aumentos para os Servidores Públicos)

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2011 será de torneiras fechadas


BRASÍLIA (Folhapress) - Dilma Rousseff começará seu mandato com as torneiras fechadas, segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), confirmado ontem para permanecer no cargo: “2011 é um ano em que não se deve criar novos gastos”. Juntamente com Alexandre Tombini (Ban­co Central) e Miriam Belchior (Planejamento), ele compõe o time que comandará a economia. Mantega anunciou as linhas gerais do que pretende para a política econômica. O aumento de gastos públicos dos últimos anos, por exemplo, terá que parar.
O ministro ressaltou que será preciso cortar despesas de custeio e aumentar a poupança pública. Ele se comprometeu a reduzir a dívida pública do patamar atual de 41% do PIB para 30% em 2014. A conta desse aperto fiscal será repassada aos novos colegas de governo. “Todos os ministérios terão de dar a sua contribuição. Teremos restrição a novos gastos”, afirmou Mantega.
Desde a eleição de Dilma, no entanto, os sinais do governo têm indicado aumento, e não redução, das despesas. A própria presidente eleita declarou estar disposta a negociar um salário mínimo superior aos R$ 540 previstos no última versão do projeto de Orçamento-2011. As metas fiscais deste ano só serão cumpridas, se forem, graças a artifícios contábeis para inflar receitas.
Mantega não era o nome preferido de Dilma para comandar a área econômica. No entanto, acabou sendo escolhido por influência do presidente Lula. Sua nomeação representa uma vitória na disputa travada nos últimos anos com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pelo controle da política econômica. Ao lado de Tombini, ontem, Mantega, pela primeira vez, colocou como prioridade da política econômica a geração de emprego.
Para tentar afastar as dúvidas sobre a postura fiscal no próximo governo, Mantega repetiu várias vezes a necessidade de frear gastos públicos. Nessa linha, avisou que o BNDES receberá menos recursos do Tesouro. Para controlar as contas públicas, ele apontou como fundamental que não sejam aprovados projetos em tramitação no Congresso, entre eles a Proposta de Emenda à Constituição 300, que eleva salários na área de segurança pública. Segundo o ministro, isso representaria aumento de gastos de R$ 46 bilhões para União, Estados e municípios.
Planejamento
Ao ser apresentada como nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que hoje é a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), foi na mesma linha de Mantega ao dizer que é preciso “fazer mais com menos”. Ela citou sua passagem como secretária em Santo André para reafirmar que conhece os mecanismos de orçamento e que o avanço na qualificação dos gastos públicos é importante.

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