Aníbal passa pela segunda varredura em uma semana
Pavilhões foram vistoriados por PMs e agentes penitenciários
JÚLIA VERAS
Houve apreensão de cachaça, entorpecentes, celulares, armas, televisores e camisas
Na manhã de ontem, cinco dos 17 pavilhões do Presídio Professor Aníbal Bruno passaram por uma vistoria. A ação começou às 8h e foi encerrada às 11h30. Esta foi a segunda revista do tipo no período de uma semana. Finda a ação, Humberto Vianna, secretário executivo Ressocialização, garantiu que a varredura foi uma ação normal. “Não há motivo para a estranheza na repetição da vistoria. Temos um serviço de inteligência funcionando 24 horas que nos garantem informações de tudo o que acontece. Todos os dias são apreendidos objetos que não são permitidos aqui dentro. Sabemos que esse material entra, seja por meio dos familiares, seja por meio dos agentes, portanto, é preciso um controle”, admitiu Humberto Vianna.
Durante a revista foram apreendidos dois mil litros de cachaça artesanal, 30 papelotes de cocaína, 34 de maconha, 21 celulares, 26 carregadores, 16 facas industriais, cinco facões, 45 armas artesanais, uma televisão de plasma de 22 polegadas e uma comum de 21, além de várias roupas pretas - esta cor só pode ser utilizada pelos agentes. No início do mês passado aconteceram três tumultos na unidade carcerária. No primeiro deles, ocorrido no último dia 11 de maio, três detentos foram baleados. Dois dias depois, outro motim teve como saldo três mortos e 21 feridos. No dia 23 de maio, um domingo, um tumulto no horário de visita gerou uma confusão que não teve maiores consequências.
Ainda de acordo com Humberto, o Aníbal Bruno como se conhece hoje está com os dias contados. “Até outubro finalizaremos a reforma e as melhorias serão tanto no número de agentes quanto na estrutura física. Novos equipamentos vão garantir mais segurança e três Academias da Cidade serão instaladas, já que o presídio será dividido em três unidades”, informou.
Participaram da ação 100 policiais militares do Batalhão de Choque, 15 da CIPCães, dez da Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), 100 agentes de segurança penitenciária e três homens da equipe de resgate do Corpo de Bombeiros, totalizando 228 envolvidos.
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