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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Os Policiais florestais em ação

Cipoma faz apreensão de 132 aves silvestres
Foram recolhidas também mais de 100 armadilhas para animais
DIEGO MENDES
Os policiais militares da Companhia Independente de Policiamento ao Meio Ambiente (Cipoma) conseguiram resgatar, na manhã de ontem, 132 aves silvestres que estavam sendo comercializadas no Mercado do Cordeiro, no Recife. Junto com os animais, foram apreendidas mais de 100 armadilhas utilizadas para capturar os pássaros. Todo o material estava com um jovem de 25 anos, que foi levado para a Delegacia de Plantão do Prado, onde foi feito o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Depois do procedimento policial, o jovem foi liberado, mas vai responder ao inquérito, podendo pagar multa de R$ 500 por cada exemplar da fauna brasileira encontrado com ele.

A operação realizada pela Cipoma aconteceu por volta das 5h de ontem e poderia ter detido mais pessoas e apreendidos outros animais se os vendedores não tivessem corrido ao perceberem a presença dos policiais militares. Todos as aves foram levadas ainda pela manhã, para a sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na avenida 17 de Agosto, em Casa Forte, no Recife. Lá, eles ficarão de quarentena e depois devem ser devolvidos à natureza.

A maioria das aves apreendidas na operação é das seguintes espécies: canários da terra, bigodes, papa-capins, tizius, entre outras. De acordo com o policial militar Paulo Souza, de todas os animais retirados das mãos do vendedor apenas o bigode não é nativo de Pernambuco. “Esse é um pássaro originário das regiões Sul e Sudeste do Brasil, mas em determinadas épocas do ano ele migra para o Nordeste e alguns deles acabam sendo capturados e colocados à venda”, disse.

De acordo com os policiais da Cipoma, as feiras de comercialização de animais são conhecidas e, frequentemente, sofrem ações das autoridades policiais. “Sempre vamos a esses locais, mas infelizmente sempre encontramos pessoas vendendo essas aves”, disse o soldado Paulo Souza. A tenente Suzana Cristina Vieira Barros explicou que nenhum dos animais apreendidos ontem está na lista de extinção. Nos casos onde existem pássaros correndo risco de desaparecer a multa pode variar de R$ 500 a R$ 5 mil.

O delegado Joedilson Teixeira autuou o rapaz por tráfico de animais silvestres. “Ele foi autuado conforme a Lei de Crime Ambiental de número 9.605, que dispõe sobre os crimes praticados contra o meio ambiente. Por ele ser de menor potencial ofensivo, o infrator responde em liberdade, mas pode pegar uma pena de seis meses a um ano de reclusão. Porém, normalmente, esse tempo é revertido em medida alternativa”, explicou o policial.

O acusado disse que não estava vendendo e, sim, comprando pássaros. Mas a justificativa dele não foi aceita, já que se tratava de uma apreensão superior a 100 unidades. “Dificilmente compram essa quantidade de aves”, alegou Souza.

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