ALCOA -
Demitidos vão à Justiça
RECIFE (AE) - Trinta e dois funcionários da Alcoa Alumínio, em Itapissuma, no Grande Recife, demitidos no último dia 1º por justa causa e de forma sumária, sob a acusação de terem difundido, na fábrica, e-mails de conteúdo pornográfico, recorrerão à Justiça do Trabalho. A decisão foi tomada ontem depois de reunião na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco.
A Alcoa será alvo de reclamação trabalhista, que pedirá a nulidade da justa causa e recebimento dos direitos trabalhistas, além de reparação pelos danos morais sofridos pelos demitidos. Revoltados, os trabalhadores asseguram estar sendo alvo de uma injustiça. “Não tivemos direito de defesa, a empresa se negou a nos escutar”, afirmou Augusto Pimentel de Paiva, 39 anos, casado, dois filhos, 21 anos na empresa, onde trabalhava como eletricista de manutenção. “Não houve inquérito administrativo, não houve apuração, os empregados não foram ouvidos”.
Em nota, a Alcoa informou que, além de um total de 35 demissões efetuadas, outros 77 funcionários “sofreram advertência formal por terem recebido a mensagem e, mesmo não a tendo reenviado, não denunciaram o fato a seus gestores ou aos demais canais que a empresa proporciona para esse fim”. Os 32 demitidos garantem também não terem repassado o e-mail pornográfico recebido.
De acordo com o porta-voz do grupo, Augusto Pimentel de Paiva, os funcionários não têm acesso à internet na fábrica da Alcoa. “Tínhamos acesso a um e-mail corporativo para receber informações ligadas ao trabalho”, explicou. O que ele conta: os empregados receberam um e-mail que ao ser aberto já revelava foto pornográfica.
Na nota divulgada à imprensa, a Alcoa lamentou ter sido “forçada a efetuar tais desligamentos” e afirma não ter restado outra alternativa à empresa.
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