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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Motim na Cadeia Pública de Gravatá

Motim na Cadeia Pública de Gravatá

Marcela Alves
Pela primeira vez desde que entrou em funcionamento, a Cadeia Pública de Gravatá registrou o seu primeiro motim no início da tarde do último sábado. Os detentos se rebelaram em protesto à superlotação da unidade prisional que tem capacidade para 36 presos, mas estava sendo ocupada por 87. Os detentos atearam fogo nos colchões, madeira e materiais inflamáveis. No entanto, eles não fizeram reféns, nem tentaram imprimir fuga do presídio. O conflito só foi controlado por volta das 15h, após uma reunião entre representantes do sistema penitenciário e presos.

“Houve gritaria, mas não houve tumulto, nem tentativade de fuga. Nenhum preso ficou ferido. Os danos à cadeia só foram provocados pelo fogo”, explicou o técnico da Gerência Regional Prisional, Laércio Emídio. Segundo o gerente Regional Prisional, Guilherme Azevedo, o motim foi motivado por uma confusão entre os detentos e agentes da guarda familiar, durante o horário de visitas. “Além da superlotação, eles reclamaram da situação jurídica de muitos deles”.

Cerca de 60 detentos foram transferidos para unidades prisionais próximas em Limoeiro e Vitória de Santo Antão, e retornarão para ao município de Gravatá assim que a for definida a recuperação da infra-estrutura da cadeia e a situação jurídica deles. “Apenas os 25 que trabalham na oficina de esquadrias de alumínio. Hoje, engenheiros visitarão a Cadeia para fazer as avaliações necessárias para que a expansão seja iniciada”, disse.

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