PMs condenados pela morte de deficiente
SÃO PAULO (Folhapress) - Os policiais militares Rodolfo da Silva Vieira, Moisés Alves Santos, Joaquim Aleixo Neto e Anderson dos Santos Sales foram condenados ontem pelo Tribunal do Júri a 18 anos e oito meses de prisão pela morte de Antonio Carlos Silva Alves, 31. Conhecido como Carlinhos, a vítima era deficiente mental e foi sequestrado pelos quatro PMs em 8 de outubro de 2008, no Jardim Capela, em São Paulo.
O corpo, decapitado e sem as mãos, foi achado no dia seguinte, numa área de despejo de cadáveres em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. A hipótese da Polícia Civil e da Promotoria é que, numa abordagem dos quatro PMs, Carlinhos não tenha conseguido falar direito. Sem saber da deficiência, os policiais teriam interpretado como gozação e decidido matá-lo.
Com mais cinco PMs, os quatro condenados ontem são acusados de integrar o grupo de extermínio “Os Highlanders”, assim chamado porque cinco das 12 supostas vítimas foram decapitadas. A Folha de São Paulo revelou a existência do grupo no dia 23 de outubro de 2008.
Os PMs foram condenados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e pela impossibilidade de defesa da vítima). Durante a leitura da sentença pelo juiz Antonio Augusto Galvão de França Hristov, os PMs choraram bastante. A mãe de Carlinhos, Maria da Conceição dos Santos, ajoelhou-se.
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