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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ex-policial militar vai a júri popular

CORRETORA -
Ex-policial militar vai a júri popular

JOSÉ ACCIOLY
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiu ontem, por unanimidade, levar, a Júri Popular, ex-policial militar Marco Antônio de Medeiros Silva, acusado de assassinar a corretora Taciana Barbosa - ela estava grávida na ocasião -, em maio de 2008. A decisão mantém o voto da juíza da Vara do Tribunal do Júri de Olinda, Maria Segunda. O réu é acusado por homicídio triplamente qualificado, sequestro, aborto provocado por terceiro, furto qualificado, ocultação de cadáver e coação no curso do processo. A defesa ainda pode entrar com recurso.

O relator do processo, o desembargador Alexandre Assunção, defendeu que a materialidade do crime é incontestável, sendo comprovada com base nas provas testemunhais e outras produzidas ao longo da investigação. Outro ponto que pesou favorável ao Júri Popular foi o álibi apresentado pelo acusado, onde testemunhas, inicialmente, confirmaram versão do acusado, mas, depois, apresentaram nova história, afirmando que prestaram falsos testemunhos por receber ameaças. “A sentença não merece reparo, uma vez que existem indícios suficientes de autoria, além da prova da materialidade do delito”, redigiu o relator.

O advogado de defesa, Antônio Bartolomeu de Faria Machado, disse que vai recorrer da decisão. Caso seja negado o parecer, ele reivindicará ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, em último caso, o Supremo Tribunal Federal (STF). “Não há condições do julgamento ir a Júri Popular, já que não há prova técnica”, explicou. A mãe da corretora assassinada, Fátima Barbosa, comemorou a decisão. “Quero que ele pague pelo o que fez e pegue a pena máxima. Matou duas pessoas e espero que a Justiça coloque na cadeia mais um assassino”, desabafou.

AMBIENTALISTA

Também ontem, a Vara do Tribunal do Júri de Olinda aceitou a denúncia do MPPE contra o médico ortopedista Homero Rodrigues da Silva Neto. Ele é acusado do assassinato triplamente qualificado da cientista ambiental Ludmilla Mirelle Inácio da Silva. O profissional responderá pelos crimes de homicídio doloso, direção em estado de embriaguez e posse de drogas.

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