Assalto e pânico em banco

Assalto e pânico em banco

Quadrilha invadiu agência, em Olinda, levando 2 malotes de dinheiro
ALEXANDRE FERREIRA
Algumas horas de­pois que a po­lí­cia apre­sen­tou in­te­gran­tes de uma qua­dri­lha de as­sal­tan­tes de ban­cos, du­ran­te uma co­le­ti­va rea­li­za­da na manhã de ontem, para a im­pren­sa, mais um banco foi as­sal­ta­do na Região Metro­politana do Recife. Desta vez o alvo foi a agên­cia Marcos Freire, da Caixa Econô­mica Federal (CEF), lo­ca­li­za­da na ave­ni­da Getúlio Vargas, em Bairro Novo, Olinda. Seis ho­mens che­ga­ram na agên­cia por volta das 12h50, en­tra­ram e saí­ram car­re­gan­do dois ma­lo­tes de di­nhei­ro - a quan­tia rou­ba­da não foi di­vul­ga­da. Antes de saí­rem, eles tro­ca­ram tiros com se­gu­ran­ças de um carro forte que che­gou ao local du­ran­te o as­sal­to e fi­ze­ram, por al­guns mi­nu­tos, uma clien­te de refém. Ninguém ficou fe­ri­do e os as­sal­tan­tes fu­gi­ram.

Segundo a Polícia Federal, a qua­dri­lha foi fil­ma­da por câ­me­ras que estão ins­ta­la­das do lado de fora da agên­cia, o que irá aju­dar no re­co­nhe­ci­men­to do bando. Quando che­ga­ram ao banco, três as­sal­tan­tes en­tra­ram no es­ta­be­le­ci­men­to, com duas pis­to­las de brin­que­do, fei­tas de plás­ti­co, en­quan­to os ou­tros três fi­ca­ram dando co­ber­tu­ra do lado de fora. Dentro da agên­cia, os três ho­mens se apro­xi­ma­ram dos qua­tro se­gu­ran­ças e os ren­de­ram com as armas de plás­ti­co e pe­ga­ram as suas armas. Em se­gui­da, o grupo re­co­lheu dois ma­lo­tes de di­nhei­ro dos cai­xas. Depois se di­ri­gi­ram até o pe­nhor, le­van­do mais di­nhei­ro.

Nesse mo­men­to, um carro forte, que tra­zia di­nhei­ro para a agên­cia, es­ta­cio­nou no local. Os se­gu­ran­ças do carro forte des­ce­ram e os as­sal­tan­tes que ha­viam fi­ca­do do lado de fora do banco tro­ca­ram tiros com eles. A cor­re­ria foi gran­de nas re­don­de­zas da agên­cia, que fica em uma das vias mais mo­vi­men­ta­das de Olinda. Pe­destres cor­re­ram para todos os lados e os lo­jis­tas das ga­le­rias que exis­tem nas pro­xi­mi­da­des fe­cha­ram suas lojas. Todos re­cean­do balas per­di­das. “Foi uma cor­re­ria da­na­da. Todo mundo de­ses­pe­ra­do sem saber di­rei­to para onde ir”, co­men­tou a es­tu­dan­te Maria Eduarda. Durante o ti­ro­teio, um Gol es­ta­cio­na­do ao lado da agên­cia foi al­ve­ja­do, mas nin­guém ficou fe­ri­do.

Os la­drões que es­ta­vam den­tro do banco se as­sus­ta­ram ao ouvir tiros na rua e fi­ze­ram uma clien­te de refém para saí­rem da agên­cia. Na rua, eles li­ber­ta­ram a refém e rou­ba­ram o carro de uma ad­vo­ga­da, um Siena prata de pla­cas de Olinda KLK-9185, para fugir. Usaram ainda um Gol bran­co, que não teve a placa ano­ta­da. Uma se­nho­ra, clien­te do banco, pas­sou mal e foi aten­di­da pelo Samu, mas foi li­be­ra­da logo de­pois. Em se­gui­da, todos os fun­cio­ná­rios foram li­be­ra­dos e a agên­cia foi fe­cha­da. De acor­do com a po­lí­cia, a ação durou cerca de 15 mi­nu­tos.

Policiais rea­li­zam di­li­gên­cias para ten­tar cap­tu­rar os as­sal­tan­tes, mas não ti­ve­ram su­ces­so até o fe­cha­men­to desta edi­ção. “A Polícia Militar man­tém um po­li­cia­men­to os­ten­si­vo aqui nes­sas vias. Temos bas­tan­te aten­ção com os ban­cos, mas não po­de­mos ver o que acon­te­ce lá den­tro. Essas agên­cias têm que ado­tar uma maior se­gu­ran­ça in­ter­na”, des­ta­cou o te­nen­te co­ro­nel do 1º BPM, Marinaldo de Lima.

Diretores do Sindicato dos Bancários es­ti­ve­ram no local e re­cla­ma­ram da falta de se­gu­ran­ça das agên­cias do Estado. Em 2010, já ocor­re­ram 22 as­sal­tos a ban­cos na Região Metropolitana. “No caso de hoje, se exis­tis­se um obs­tá­cu­lo fí­si­co entre os vi­gi­lan­tes e os clien­tes, os as­sal­tan­tes não te­riam se apro­xi­ma­do deles”, des­ta­cou o se­cre­tá­rio do Sindicato, João Rufino.