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sábado, 4 de setembro de 2010

Soldado da PM acusado de crime

Soldado da PM acusado de crime

Militar do GATI é o principal suspeito de atirar em um homem na última 5ª feira
LEOPOLDO MONTEIRO

Um sol­da­do do Grupo de Ações Táticas Itinerantes (GATI), lo­ta­do do 12º Batalhão da Polícia Militar, é o prin­ci­pal sus­pei­to de ter ten­ta­do matar um homem, na ma­dru­ga­da da úl­ti­ma quin­ta-feira, no Posto de Gasolina Santa Luzia, lo­ca­li­za­do na ave­ni­da Doutor José Rufino, no bair­ro de Areias, no Recife. O nome do PM não foi di­vul­ga­do pelos agen­tes do Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP), se­gun­do eles, para não atra­pa­lhar as in­ves­ti­ga­ções. A ví­ti­ma do aten­ta­do foi o ope­ra­dor de som Jéfferson Fernando Roberto da Silva, de 29 anos. Moradores da área de­nun­ciam que o posto de ga­so­li­na já foi palco para vá­rios as­sas­si­na­tos, entre eles, um duplo ho­mi­cí­dio, ocor­ri­do no mês de maio do ano pas­sa­do. O sol­da­do en­con­tra-se fo­ra­gi­do.

De acor­do com a po­lí­cia, o crime teria sido mo­ti­va­do por conta de uma dis­cus­são entre o sol­da­do e Jéfferson, que es­ta­vam be­ben­do em uma loja de con­ve­niên­cia do posto de ga­so­li­na. Uma mu­lher, que acom­pa­nha­va o PM, teria sido o pivô do de­sen­ten­di­men­to. Ainda se­gun­do a po­lí­cia, o sus­pei­to, du­ran­te a dis­cus­são, teria sa­ca­do uma arma e ati­ra­do con­tra a ví­ti­ma. Os tiros acer­ta­ram as cos­tas do ope­ra­dor de som, que foi le­va­do por po­pu­la­res para o Hospital da Restauração, no bair­ro do Derby, no Recife. Até o fe­cha­men­to desta edi­ção, a ví­ti­ma per­ma­ne­cia in­ter­na­da no HR, mas o es­ta­do de saúde dela era con­si­de­ra­do es­tá­vel.

O de­le­ga­do de plan­tão da Força Tarefa do Núcleo de Homicídios da Capital, Victor Hugo Rondon, in­for­mou que di­li­gên­cias foram fei­tas na ten­ta­ti­va de pren­der o PM, mas ele não foi en­con­tra­do. “Confirmamos que o sol­da­do teria ten­ta­do matar o homem no local do crime. Várias pes­soas es­ta­vam be­ben­do no posto de ga­so­li­na quan­do acon­te­ceu a con­fu­são. O PM acu­sou a ví­ti­ma de ter as­se­dia­do a mu­lher que es­ta­va em sua com­pa­nhia”, disse o de­le­ga­do. Segundo mo­ra­do­res vi­zi­nhos ao posto de ga­so­li­na, du­ran­te a noite, vá­rias pes­soas se reú­nem no es­ta­be­le­ci­men­to para con­su­mir be­bi­da al­coó­li­ca.

“Não é a pri­mei­ra vez que acon­te­ce um ti­ro­teio en­vol­ven­do pes­soas que bebem na loja de con­ve­niên­cia. As bri­gas tam­bém são cons­tan­tes”, con­tou um re­si­den­te da área. Um co­mer­cian­te, de 32 anos, que tra­ba­lha pró­xi­mo ao local há cerca de dois anos, disse que, no pe­río­do da noite, é pe­ri­go­so pas­sar pelo local. “Tenho medo de es­ti­car o ho­rá­rio do meu co­mér­cio. Quando chega ao final da tarde, já fecho as por­tas”, co­men­tou. A re­por­ta­gem da Folha ten­tou en­trar em con­ta­to com o co­man­dan­te do 12º Batalhão da Polícia Militar, te­nen­te-co­ro­nel Gilmar de Araújo, res­pon­sá­vel pela se­gu­ran­ça do bair­ro de Areias, porém, as li­ga­ções não foram aten­di­das. O caso será in­ves­ti­ga­do pelos agen­tes do DHPP.

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