Soldado da PM acusado de crime
Militar do GATI é o principal suspeito de atirar em um homem na última 5ª feira
LEOPOLDO MONTEIRO
Um soldado do Grupo de Ações Táticas Itinerantes (GATI), lotado do 12º Batalhão da Polícia Militar, é o principal suspeito de ter tentado matar um homem, na madrugada da última quinta-feira, no Posto de Gasolina Santa Luzia, localizado na avenida Doutor José Rufino, no bairro de Areias, no Recife. O nome do PM não foi divulgado pelos agentes do Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP), segundo eles, para não atrapalhar as investigações. A vítima do atentado foi o operador de som Jéfferson Fernando Roberto da Silva, de 29 anos. Moradores da área denunciam que o posto de gasolina já foi palco para vários assassinatos, entre eles, um duplo homicídio, ocorrido no mês de maio do ano passado. O soldado encontra-se foragido.
De acordo com a polícia, o crime teria sido motivado por conta de uma discussão entre o soldado e Jéfferson, que estavam bebendo em uma loja de conveniência do posto de gasolina. Uma mulher, que acompanhava o PM, teria sido o pivô do desentendimento. Ainda segundo a polícia, o suspeito, durante a discussão, teria sacado uma arma e atirado contra a vítima. Os tiros acertaram as costas do operador de som, que foi levado por populares para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Recife. Até o fechamento desta edição, a vítima permanecia internada no HR, mas o estado de saúde dela era considerado estável.
O delegado de plantão da Força Tarefa do Núcleo de Homicídios da Capital, Victor Hugo Rondon, informou que diligências foram feitas na tentativa de prender o PM, mas ele não foi encontrado. “Confirmamos que o soldado teria tentado matar o homem no local do crime. Várias pessoas estavam bebendo no posto de gasolina quando aconteceu a confusão. O PM acusou a vítima de ter assediado a mulher que estava em sua companhia”, disse o delegado. Segundo moradores vizinhos ao posto de gasolina, durante a noite, várias pessoas se reúnem no estabelecimento para consumir bebida alcoólica.
“Não é a primeira vez que acontece um tiroteio envolvendo pessoas que bebem na loja de conveniência. As brigas também são constantes”, contou um residente da área. Um comerciante, de 32 anos, que trabalha próximo ao local há cerca de dois anos, disse que, no período da noite, é perigoso passar pelo local. “Tenho medo de esticar o horário do meu comércio. Quando chega ao final da tarde, já fecho as portas”, comentou. A reportagem da Folha tentou entrar em contato com o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Gilmar de Araújo, responsável pela segurança do bairro de Areias, porém, as ligações não foram atendidas. O caso será investigado pelos agentes do DHPP.
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