Executor tranquilo em reconstituição
Com frieza, tranquilidade e, em alguns momentos, sorriso no rosto, o presidiário Paulo Henrique, 22, explicou detalhadamente sua participação no homicídio de Karina Lígia de Amorim durante a resconstituição do crime, ontem pela manhã. O executor recebeu R$ 2 mil de José Ricardo Cavalcanti de Amorim e da amante dele, a funcionária do Poder Judiciário Federal, Somália Celestino da Silva.
O assassino contou aos policiais que chegou no escritório da advogada, localizado no quilômetro 26 da BR-101 Norte, por volta das 11h. No local, a secretária pediu que ele aguardasse porque a advogada estava em atendimento. Neste meio tempo, Paulo Henrique foi, por duas vezes, até a entrada do estabelecimento conferir se os dois homens que fariam a fuga continuavam na rodovia o aguardando.
“Ele também aproveitou para verificar se não havia a presença da polícia naquela área”, explicou o perito criminal Antônio Neto. Quando entrou na sala da advogada, ela estava ao telefone, mas fez gesto para que ele sentasse. Prontamente, apontou a arma e efetuou os três disparos. Os tiros atingiram a região da orelha, a boca e o ombro da vítima. Após a investida, Paulo Henrique cruzou a sala da secretária, que, por medo, manteve a cabeça abaixada. Saiu ao encontro dos colegas que o aguardavam na pista, em um Celta preto.
Dois dias antes do crime, Somália teria encontrado com Paulo Henrique no Terminal de Ônibus de Caetés I, II e III, em Abreu e Lima, para entregar uma foto de Karina. “Mas ele só ficou sabendo que aquela pessoa se tratava de uma advogada no dia do homicídio”, complementou o delegado do GOE, Cláudio Castro. No mesmo dia do crime, por volta das 15h, um novo encontro com Somália foi marcado na praça São José, também em Abreu e Lima, dessa vez para o recebimento do pagamento do crime.
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